Manuel Bandeira
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anuel Bandeira (1886-1968) foi poeta brasileiro.
"Vou-me Embora pra Pasárgada" é um dos seus mais famosos poemas. Foi
também professor de Literatura, crítico literário e crítico de arte.
Inicialmente interessado em música e arquitetura, descobriu a poesia por acaso,
na condição de doente, em repouso, para tratamento de uma tuberculose. Os temas
mais comuns de sua obra, são entre outros, a paixão pela vida, a morte, o amor
e o erotismo, a solidão, o cotidiano e a infância.
Manuel Bandeira (1881-1968) nasceu na cidade do Recife,
Pernambuco, no dia 19 de abril de 1881. Filho do engenheiro Manuel Carneiro de
Souza Bandeira e de Francelina Ribeiro, abastada família de proprietários
rurais, advogados e políticos. Seu avô materno Antônio José da Costa Ribeiro,
foi citado por Bandeira no poema "Evocação do Recife". A casa onde
morava, localizada no centro do Recife é citada como "a casa do meu
avô".
Manuel Bandeira viajou, junto com sua família, para o Rio de
Janeiro, onde estudou no Colégio Pedro II. Em 1904 ingressou na faculdade de
arquitetura, em São Paulo, mas abandonou o curso por ter contraído tuberculose.
Voltou para o Rio de Janeiro onde tentou tratamento em estâncias climáticas em
Teresópolis e Petrópolis.
Em 1913 viajou para Suíça, em busca de cura, onde permaneceu
mais de um ano no Sanatório de Chavadel, onde conheceu o jovem e mais tarde,
famoso poeta francês Paul Éluard, internado na mesma clínica e que coloca
Manuel Bandeira a par das inovações artísticas que vinham ocorrendo na Europa.
Discutem sobre a possibilidade do verso livre na poesia. Esse aspecto técnico
veio fazer parte da poesia de Bandeira, que foi considerado o mestre do verso
livre no Brasil.
Ingressou na literatura, em 1917, com o livro "A Cinza Das
Horas", de nítida influencia Parnasiana e Simbolista. Em 1919 publicou
"Carnaval", que representou sua entrada no movimento modernista. Em
1922, Bandeira morava no Rio de Janeiro e estava distante do grupo paulista que
centralizava os ataques à cultura oficial e propunha mudanças. Para a Semana de
Arte Moderna enviou o poema "Os Sapos", que lido por Ronald de
Carvalho, tumultuou o Teatro Municipal.
Manuel Bandeira vai cada vez mais se engajando no ideário
modernista, publica em 1924 "O Ritmo Dissoluto", e em 1930 publica
"Libertinagem", obra de plena maturidade modernista. No poema
"Evocação do Recife" que integra a obra Libertinagem, ao mesmo tempo
que tematiza a infância, faz uma descrição da cidade do Recife, no fim do
século XIX. Incorpora também vários temas ligados à cultura popular e ao
folclore.
Sempre achando que morreria cedo, por causa da sua doença,
assistiu entre 1916 a 1920 a morte de sua mãe, seu pai e sua irmã. Foi eleito
para Academia Brasileira de Letras, em 1940, ocupando a cadeira de nº24.
Manuel Carneiro de Souza Bandeira Filho, faleceu no dia 13
de outubro de 1968.
Poemas
Arte de Amar:
Se queres sentir a
felicidade de amar, esquece a tua alma.
A alma é que estraga
o amor.
Só em Deus ela pode
encontrar satisfação.
Não noutra alma.
Só em Deus – ou fora
do mundo.
As almas são
incomunicáveis.
Deixa o teu corpo
entender-se com outro corpo.
Porque os corpos se
entendem, mas as almas não.
No Poema ''Arte de Amar'' do Manuel Bandeira, o autor passa a ideia de que, para se amar é preciso fazer certas coisas que certamente são ''quase'' impossíveis para nós.
Toada:
Fui sempre um homem
alegre.
Mas depois que tu
partiste,
Perdi de todo a
alegria:
Fiquei triste,
triste, triste.
Nunca dantes me
sentira
Tão desinfeliz assim:
É que ando dentro da
vida
Sem vida dentro de
mim.
Bom o assunto do poema ''Toada'' que significa ''texto sentimental'' de Manuel Bandeira, fala de um homem que sempre teve alegria, mas depois que um grande amor dele parti, toda a alegria dele vai se embora com ela.
Lindas as poesia, bela escolha do nosso querido Manuel Bandeira.
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