terça-feira, 22 de outubro de 2013

Crônica

''A última Viagem ''

B
om essa é uma das atividades proposta pela professora Ilvanita, de Língua Portuguesa, que nos orientou a produzir uma crônica a partir de uma das três imagens da página 87 do Movimento do Aprender (a imagem escolhida para a minha produção, foi esta logo a baixo).

Museu Nacional Rainha Sofia; Madri; Espanha

1939, o telefone toca, ao atender o General da Marinha solicitava que meu marido fosse a Guerra. Naquele momento a emoção de tristeza e dor começava a me domar, sem ‘’teto’’ nem ‘’chão’’ ali no canto debaixo da janela comecei a chorar.
Meu marido ao avistar-me logo começou a perguntar:
  - O que foi meu amor?! Porque estas á chorar?!
Olhei para aqueles olhos claros e sem que pudesse me mover comecei a sussurrar:
  - Você me ama de verdade? Pois se me ama, não se vá!
Espantado com a pergunta, ele me abraçou forte e começou a falar:
  - Te amo muito, meu amor, te amo até as alturas e profundezas que você não possa imaginar, e além do mais não será esta viagem que irá nos afastar. Confortada com aquelas, disse-lhe o ocorrido:
Foi então, que nesta hora, vi uma lágrima escorrer de seus olhos.
Sem nenhuma palavra ele se levantou e, pois á se fardar. Com um belo e grande sorriso pediu para beijá-lo. Triste começou a falar:
  - Me espere meu amor, pois um dia irei voltar, todo dia  olhe por aquela janela que dá de frete pro mar!
Humildemente, balancei minha cabeça em concordância. Os dias foram se passando e ali na janela todo o dia comecei a estar. Aquela janela certamente era minha mais nova moradia que passei a frequentar.
Primavera, Verão, Inverno e Outono chegaram mais meu amor parecia nunca chegar!
Então um triste dia um oficial da marinha tocou-me a campainha, ansiosa logo o atendi. Ele com um olhar sério começou a me olhar;foi então naquele momento que percebi que aquela havia de ser sua última viagem. Após me falar que ele havia falecido, com muita dor sentei na janela e comecei a olhar o mar.
Sabia que aquela seria minha última vista, pois de dor e sofrimento não iria mais aguentar. 
 Matheus de Almeida Gomes.


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